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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Poemas dos Tempos PT 34


.. ASNOS LETRADOS

Maior semelhança entre as palavras
melhor acolhimento na esteira
maior solidariedade! Besteira.

Nada de renunciar às ideias
apesar do desespero
descodificador de ilusões…
nada de renunciar à esperança
mesmo longínqua.

Os seres medianos, amorfos,
também povoam o mundo
e não devem ser renegados,
mesmo os que estão mais perto
das bestas desamparadas
do que dos asnos letrados!
Mas as bestas que arrenego
continuam servidores
sem pensamentos inovadores.

Com tanta estreiteza de ideias
ainda há burros com valor!
Mas será difícil a compreensão
entre a verdade que está ausente
e o paleio barato da confusão
no concerto do inegável presente.

Joaquim Coelho



...COMANDITA DE LADRÕES

Ao ouvir as teses dos governantes
decretando o aumento de impostos
imagino os parceiros diabólicos
e vejo uma cambada de tratantes;
uns dizem que são simbólicos,
outros que são simples correcções
e vemos os impostos comidos
por essa comandita de ladrões.

Há muita gente que não come
e vive acorrentada à maldição
dos fluidos da crise global
que nos dá a estranha sensação
de sentirmos o cheiro a esterco
neste enredo do veneno mortal.

Se não pusermos um ponto final
e não desfizermos a engrenagem
que tomou conta de Portugal,
será tormentoso o nosso fim…
devorados pela sagaz vilanagem
da política sem ética e sem moral
que prolifera neste mundo ruim,
somos enganados pela justiça
que alimenta o alicerce social
onde alastra a perniciosa preguiça.

As sementes já não dão frutos!
se não derrubarmos o muro
onde gravitam políticos astutos,
como vamos acreditar no futuro?

Joaquim Coelho
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.. CONSELHEIRO

Cada homem tem uma vida
para respirar e fazer história
caminha ao lado do destino
que a sua força moldar
e a sabedoria determinar.

Não te iludas com as luzes
nem com os sucessos alheios
que podem ofuscar a mente;
rasga os caminhos por ti
e não desprezes o amor
para viveres serenamente
com ternura e mais vigor.

Os olhos são o teu guia
e as estrelas as conselheiras,
faz as coisas certas, verdade
sempre atenta e à porfia
na senda da felicidade
longe do rumo errante…
olha a idade do semelhante.

Joaquim Coelho
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